TesteDissidência

Aproveitando o ensejo do post publicado recentemente sobre Serial Experiments Lain, estou trazendo uma tradução minha de um artigo científico publicado na revista Proceedings Of The American Philosophical Society, sobre o problema da existência na animação japonesa, onde a autora, Susan J. Napier, professora de estudos japoneses, expõe como as animações trabalham a questão existencial, especialmente no que diz respeito ao conceito de realidade e fantasia. Alguns animes são citados e rapidamente analisados, como Serial Experiments Lain, A Viajem de Chihiro e Ghost in the Shell.

Quem gosta de um mangá que se passa em um mundo pós-apocalíptico cheio de mistérios? Eu particularmente gosto. E se esse mundo é habitado por garotas fofas? Acho que já ouvi essa premissa antes. Esse tipo de mangá/anime vem se popularizando nos últimos tempos, tendo como bons exemplos Girls' Last Tour e Gakkougurashi! Mas Sakura no Sono é ainda mais peculiar! O que dizer de um grupo aparentemente normal de amigas que estudam juntas e vivem no subterrâneo conjuntamente com uma fauna e flora absurda, além de estranhos seres fúngicos gigantes? Devo mencionar ainda que essa sociedade é habitada somente por mulheres jovens e que a protagonista idolatra algo que somente é mencionado em um livro antigo, o misterioso, inimaginável e inacessível pênis?

Gatos são animais temperamentais, alguns afirmam que eles são frios e calculistas, mas penso que isso não é verdade e que esse tipo de pensamento se dá em virtude da complexidade dos felinos. Mas porque estou falando de gatos? Ah, por causa do mangá que vou indicar hoje, Bakeneko OL Tamami-san (não usarei o nome inteiro por ser gigante). E sim, esse mangá é sobre gatos, mas especificamente, Bakenekos, gatos com poderes sobrenaturais, que podem ser uma benção ou uma maldição, dependendo do caso. Tamami é uma bakeneko que busca vingança até a sétima geração do homem que a feriu gravemente, mas para isso ela precisa de dinheiro, e portanto, de um trabalho, nem que seja em um escritório. Como nem só de mangás e animes filosoficamente profundos e subjetivos vive o Dissidência Pop, estou apresentando uma comédia leve, com toques românticos, capaz de aquecer o coração dos leitores (principalmente se eles gostam de gatos, mas isto não é um requisito). Eu até havia ficado na dúvida se